Eles andam em grupo, comungam dos mesmos gostos musicais, têm os mesmos ídolos e se confundem em meio ao visual que se multiplica no guarda-roupa, na maquiagem, no corte de cabelo, nos lugares que frequentam e no linguajar muito próprio. Ser membro de uma tribo urbana e ser bem recebido pelo grupo faz parte da identidade dos jovens. No passado, eram os hippies, os góticos. Hoje são emos, os "coloridinhos", os rappers, os grafiteiros, os pichadores.
Independentemente das crenças e valores, o certo é que as tribos têm crescido nos centros urbanos por motivações das mais variadas. A maioria dos jovens, dizem os estudiosos, se une por gosto musical, pelo esporte pela arte, que acaba por refletir no estilo que o grupo abraça tanto na roupa como na atitude adotada diante da sociedade. Muitas surgem da necessidade causada pelo crescimento do individualismo nos últimos tempos. Isso fez com que aquele que não estivesse satisfeito com esse isolamento procurasse em outras pessoas descontentes a afinidade necessária para poder desenvolver-se socialmente.
ENFRENTAR O MUNDO
"Os adolescentes carregam um sentimento vazio diante do mundo e sentem a necessidade de integra-se com o outro para ascender individualmente". diz a psicanalista Raquel Zedan. "Não é fácil crescer, em grupo é mais fácil enfrentar o mundo, porque todos passam pela mesma coisa. É mais cômodo pegar emprestada uma identidade até assumir a própria." Segundo a psicanalista, o fato dos jovens buscarem cada vez mais grupos que tenham gostos semelhantes com os seus revela a formação de uma identidade que pretende ser diferente daquilo que foi aprendido com os pais durante a infância.
Os coletivos juvenis, como prefere definir a antropóloga da PUC-SP, Silvia Borelli, atraem e repelem. São aconchegantes para aqueles que os buscam, mas causam estranheza naqueles que desconhecem seus argumentos. De acordo com a especialista, até o início da década de 1970 jovem era sinônimo de estudantes.
adorei *----* mt bom.
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